terça-feira, 19 de maio de 2009

Nova opção em blocos.


As pranchas de surf não mudaram muito desde a segunda guerra mundial, quando foi inventada a espuma de poliuretano, mudando assim definitivamente a maneira de construir que até então eram feitas em madeira.

A gigante Clark foam não existe mais em função das leis ambientais dos Estados Unidos serem rigorosas com a questão em idústrias químicas, obrigando assim o fechamento daquela que foi referência para todos shapers e fabricantes de blocos em todo planeta.
Para quem não conheceu seus produtos fica só a história contada por quem já teve o pazer de shapear um Clark, suas fôrmas eram muito bem distribuídas e niveladas facilitando o trabalho do shaper, eram praticamente prontos, tu não precisava plainar muito para fazer uma boa prancha.
Já a espuma tinha uma textura que lembra um veludo, que saudade !

No brasil a partir dos anos oitenta que é a época em que iniciei o meu trabalho com pranchas, existia a Clark brasileira que além dos blocos tradicionais passou a fabricar o Roger's foam, com matéria prima inferior mas com um preço também mais baixo.
Seus concorrentes no Brasil que eram poucos, também no Rio de Janeiro a Special foam tinha sua produção divulgada pelas pranchas K&K bastante difundidas na época por Ricardo Bocão que era shaper e inventor das quatro quilhas.
Em Porto Alegre no final dos anos oitenta surgia duas fábricas de espuma, a Force, do shaper das lendárias Caco Surf , ele havia voltado da Flórida depois de um tempo trabalhando com pranchas lna fábrica da Escape. Ele acaba trazendo de lá o a fórmula e conhecimento para produzir blocos.

Outra que iciciava na mesma época foi a Hard foam, de Porto Alegre fabricou muitos blocos e estavam no caminho certo, mudaram após alguns anos para o nome Plug foam pois a evolução era evidente e convinha até trocar o nome. Nenhuma delas sobreviveu é uma pena.

Hoje temos mais opções, além das tradicionais espumas de poliuretano que são revestidas com resina de poliester, temos o Eps (isopor) revestida de resina epoxi.
No Brasil atualmete, calculo que possa existir quase dez fabricantes de blocos entre fundo de quintal ou não.
As principais são : Rhino foam (ex-Bennett) no RJ, Teccel em Recife, Konablanks , SP, Ocean King e o mais novo e revolucionário Darshan de Novo Hamburgo, este merece uma atenção especial porque além de ser "nosso" ele é feito com uma diferença na fórmula que além de ecológicamente correto, é o único que em sua fabricação possui sistemas de injeção direto nas fôrmas enquanto todos os outros utilizam um baldinho na hora de espalhar a química.
E não pára por aí, para o surfista o melhor é que a espuma não regride, fato inédito pois nas pranchas convencionais com pinturas pretas ou quando deixava-se a prancha no sol ou até mesmo esquecer dentro do carro poderia ser fatal a qualquer prancha do mundo. Agora não.

E além do mais a Darshan produz também blocos sem longarina os Total-Flex que como o nome diz propicia maior performance ao surfistas pois a prancha dá maiores respostas em cavadas e no momento das manobras. Pra quem achou muito flexível, existe outra opção o Semi-Flex que não possui longarina em apenas dois pontos no deck do bloco deixando a prancha em um ponto intermediário de flexão entre o plug com e sem longarina, bem legal.

Pra finalizar, experimente, informe-se e aproveite as novidades que podem trazer boas mudanças no nosso surf de cada dia, vale a pena.

Um grande abraço e boas ondas !


Um grande abraço e boas ondas !